Campo Grande (MS) – No mês alusivo às mães, mulheres privadas de liberdade do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na capital, já participaram de diversas atividades, que tiveram como objetivo valorizar o empoderamento feminino e o autoconhecimento, proporcionando momentos de integração aliados à educação.
As oficinas foram desenvolvidas pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), em parceria com a Escola Estadual Pólo Prof.ª Regina Lúcia Anffe Nunes Betine, responsável pelo ensino regular nas unidades penais de Campo Grande.
Segundo a diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, as ações integram as diversas atividades comemorativas que fazem parte do calendário nacional. “Independentemente de onde estejam, elas não deixam de ser mães ou mulheres”, destaca dirigente. Com a proposta de levar autoestima e valorização pessoal, a direção da unidade proporcionou a distribuição de um vaso de flor em cada cela. “Buscamos levarmos uma mensagem de paz, reflexão e muitas bênçãos sobre as internas”, explicou a diretora.
Dentre as ações, foi lançado o projeto “Alimentação Saudável” com exibição de vídeos, pesagem e aferição da pressão arterial, incentivando as internas a refletirem sobre hábitos alimentares e escolhas conscientes de alimentos nutritivos. O encontro foi encerrado com uma saudável salada de fruta. Sob coordenação das professoras Gabriele e Stephanie, a iniciativa terá continuidade com ações mensais de acompanhamento.
Uma palestra sobre “Engenharia Social” também foi apresentada para as reeducandas pela engenheira civil Evelin Mello, que é empreendedora da Digna Engenharia Social, empresa inovadora focada no desenvolvimento social de comunidades periféricas. O trabalho foi supervisionado pelas professoras Marister, Sandra Larrea e Sandra Fávaro.
Para incentivar o interesse nas internas pela busca de um futuro melhor, foi desenvolvido o projeto “Profissões”, pelas professoras Célia, Rita e Stephanie, com o apoio da advogada Jeane Marçal e da equipe psicossocial do presídio, a assistente social Mariléa Ferreira e psicóloga Liléia Leite, que falaram seus relatos pessoais e experiências sobre respectivas graduações, atuação profissional, desafios e conquistas.
As professoras levantaram quais eram os interesses das profissões das alunas e buscaram no mercado de trabalho profissionais que gravaram vídeos e direcionavam-se nominalmente às internas relatando sobre a profissão desejada.
Com o objetivo de valorizar a autopercepção, bem como incrementar a atenção ao bem-estar e à beleza feminina, também foi desenvolvido o curso de automaquiagem com as custodiadas, ministrado pela maquiadora profissional Lilian Benites Garcia. A iniciativa foi idealizada pela equipe de professoras.
Texto: Tatyane Santinoni.
Fotos: Divulgação Agepen.