Campo Grande (MS) – Acadêmicos do 8º semestre do curso de Biomedicina da Unigran Capital desenvolveram, neste semestre, projeto de extensão no Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, o presídio de Segurança Máxima da capital. Aproximadamente 15 acadêmicos realizaram visitas ao estabelecimento penal para a coleta de exames laboratoriais de reeducandos.
De acordo com o professor do curso de Biomedicina, Paulo Ricardo de Souza Moraes, coordenador do projeto de extensão, a ação é uma parceria da Unigran Capital com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio de sua Diretoria de Assistência Penitenciária e Divisão de Saúde.
O trabalho é desenvolvido com reeducandos que possuem alguma enfermidade e têm o encaminhamento para a realização de exames laboratoriais, feito por um médico. Por conta da logística necessária – com escolta para sair do presídio – estavam aguardando o deslocamento a uma unidade de saúde de Campo Grande.
“Independente do crime, quando ele foi preso, fica sob os cuidados do Estado. O Estado tem que garantir o que está na Constituição: moradia, alimentação e saúde. Alguns têm algum tipo de doença e precisam ser retirados do estabelecimento penal para fazer os exames ou investigar [a doença]. Fica difícil essa retirada, porque envolve escolta e levar para a unidade de saúde”, explica o professor.
Os exames são realizados pelos acadêmicos na disciplina de Estágio Supervisionado em Análises Clínicas. O objetivo é contribuir para a formação do acadêmico, que terá a oportunidade de aprimorar suas habilidades técnicas na área de Análises Clínicas, e realizar um trabalho social.
“A ideia do projeto foi fazer uma parceria da Unigran Capital com a Agepen. É um compromisso das instituições de ensino a parte social e a Unigran, dessa forma, contribui podendo oferecer a essa população privada de liberdade alguns exames sem ter que sair da unidade”, destaca Moraes.
A acadêmica Thalia de Souza Silva foi uma das voluntárias no projeto e conta que gostou de participar. “Eu achei legal, por conta do intuito de ajudar. Não é porque eles estão lá, que são privados de liberdade, que não merecem o mesmo atendimento que a gente tem aqui fora. A princípio, eu fiquei com medo de ir e minha mãe não me deixava, por conta de ser o presídio. Mas, quando chegamos lá, fomos bem recebidos e é como qualquer outra pessoa que atendemos aqui fora”, explica Thalia.
Fonte: Unigran.