Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen – MS), dando continuidade à sua programação de pentes finos rotineiros em todas as unidades prisionais do Estado, realizou, nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro, operações no Presídio de Trânsito e na Penitenciária de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, ambos da capital do Estado.
No dia 03, as revistas foram feitas pelos agentes penitenciários no PTRAN – Presídio de Trânsito, ocasião em que foram encontrados 14 aparelhos de celulares, 15 baterias, 11 chips, 4 carregadores, 4 fones de ouvido, 2 cartões de memória, 2 garrafas contendo bebida alcóolica artesanal e 1 saco contendo ingredientes para fabricação de bebida artesanal.
Nos dias 04 e 05, com apoio do 19º Batalhão de Choque da Polícia Militar, as revistas foram feitas pelos agentes penitenciários, na Máxima de Campo Grande, ocasião em que foram encontrados 199 aparelhos de celulares; 20 baterias; 40 chips; 78 carregadores; 1 tablet; 4 modens de internet; 230 litros de bebida artesanal; 1.217 papelotes e 147 porções de maconha, que dão o total de 5.854 gramas; 1.357 gramas de cocaína, 196 gramas de haxixe, 81 gramas de pasta base de cocaína, 17 pedras de crack, 3 balanças de precisão e artefatos para confecção de bebida alcóolica artesanal. Em apenas um esconderijo, ou “mocó”, foram encontrados 88 celulares.
Segundo o Diretor de Operações da autarquia, Reginaldo Régis, tais operações, desde abril de 2015, passaram a ser programadas com calendário próprio e se tornaram rotina da Agepen, tanto no interior como na capital e vem dando excelentes resultados.
Para o Diretor Presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a autarquia quer vencer o desafio de, a cada dia, ir encontrando cada vez menos celulares e drogas em celas de suas unidades. Conforme ele explica, a superlotação carcerária, o déficit de servidores e o número insuficiente de equipamentos, que é mal do país todo, impede que o sistema seja 100% eficiente para coibir o ingresso de celulares e drogas nas unidades, seja quando das visitas dos parentes (em torno de 4.000 por semana no MS), seja mediante arremessos feitos de fora para dentro dos presídios, que, agora, estão praticamente todos localizados em zonas urbanas, cercados de ruas, casas e estabelecimentos comerciais. Diante desse quadro e seguindo orientação do Governador Reinaldo Azambuja e do Secretário de Justiça e Segurança Pública Sílvio César Maluf, buscou-se, “ao invés de ficarmos lamentando as nossas dificuldades, tirar o “s” da crise e criar outras soluções que possam nos levar aos mesmos objetivos”. “Queremos tolerância zero com o ilícito dentro de nossas cadeias”, assegurou, lembrando que “as inúmeras apreensões têm significado grandes derrotas para as facções que se estabelecem dentro dos presídios e impedido que os criminosos tenham sucesso em seus objetivos”.
Stropa elogia, ainda, a grande disposição e motivação dos agentes penitenciários do Estado, que, mesmo em um momento delicado em função do déficit de servidores, têm sido muito eficientes e participado ativamente de todas as ações.