Marcado por agradecimentos, o encerramento do XIX CAVE (Curso de Armamento e Tiro, Vigilância e Escolta) destacou a dedicação dos instrutores e o espírito de companheirismo e de equipe que a Polícia Penal de Mato Grosso do Sul vem atuando, demonstrando conhecimento e coragem, inclusive em situações de crise, como a ocorrida no último dia 22, no Estabelecimento Penal de Cassilândia.
As aulas do primeiro CAVE deste ano foram interrompidas por um dia, e mesmo cansados, os instrutores, que atuaram na ação de retomada da ordem e disciplina da unidade prisional, assim que retornaram à Campo Grande deram continuidade à capacitação. Responsável pela coordenação do CAVE, a Espen (Escola Penitenciária) também readequou toda a logística, de forma que os alunos não saíssem prejudicados pela situação atípica.
“Agradeço a compreensão e empenho de todos vocês, demonstrando o profissionalismo e companheirismo. Desejo que apliquem esse conhecimento adquirido aqui da melhor maneira possível, com sabedoria, sucesso e muita paz”, afirmou o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Rodrigo Rossi Maiorchini, reforçando que “a dedicação e muita garra foram decisivas para a finalização do curso”.
“No momento de adversidades é que a gente consegue evidenciar nossa grandeza e tamanha responsabilidade perante a instituição e a sociedade. E o quanto essa capacitação técnica é de extrema importância aos profissionais, ampliando a credibilidade da nossa instituição como um todo”, complementou o Diretor de Operações, Raul Ramalho, em seu discurso na solenidade de encerramento.
O diretor-geral da Polícia Penal, Valdimir Ayala Castro, também parabenizou todos os envolvidos por mais esta formação. “É com esse empenho e constância que estabelecemos uma Polícia Penal cada vez mais forte e qualificada. Hoje temos diretores que foram professores e agora são alunos, essa integração contribui ainda mais para o fortalecimento dos trabalhos”, destacou.
Coordenado pela Espen (Escola Penitenciária), o curso é ministrado com instrutores do próprio quadro da Agepen, profissionais altamente capacitados que atuam no COPE (Comando de Operações Penitenciárias). Nesta edição, recebeu a parceria da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Clube de Tiro de Campo Grande. A 19ª edição do CAVE capacitou mais 33 servidores, que, somados, já totalizam 768 policiais penais qualificados no estado.
“Muito mais que uma instrução, esse curso foi uma prova de que precisamos estar preparados para assumirmos nossas atribuições. Os ensinamentos que tivemos nestes cinco dias são cruciais para enfrentarmos os desafios da profissão”, ressalta o formando Odair Henrique Cardozo, revelando que apesar de não ter participado diretamente da operação, foi possível sentir a vibração e o espírito de prontidão do corpo de instrução.
Com carga horária de 70 horas/aula, a qualificação aborda técnicas de algemação, manuseio de armas de fogo, escolta a pé e embarcado, vigilância de muralhas e torres, guarda interna e externa, abordagem policial, como se portar em serviço, entre outros temas. O curso já foi promovido também nas cidades de Corumbá, Dourados, Naviraí e Três Lagoas em atendimento aos servidores dessas regiões.
Soraya destacou a importância de trabalhar habilidades emocionais durante os cursos.
De acordo com a diretora da Espen, Soraya Placência, um dos focos da escola vai ser trabalhar a inteligência emocional aliando à parte técnica dos cursos. “Precisamos desenvolver essa habilidade também para um desempenho das nossas atribuições de forma ainda mais completa. Nos dedicaremos a buscar e ofertar cursos e palestras que contribuam com o desenvolvimento do controle das emoções”, disse, ressaltando que desta forma as entregas à população serão ainda mais eficientes e eficazes.
A solenidade contou ainda com a presença do diretor de Administração e Finanças, Anderson Pimentel; dos comandantes Rangel Schveiger (COPE) e Evandro Mota (Grupamento de Escolta Penitenciária); além de chefias e diretores de unidades penais da capital e de Ivinhema.
