A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul concluiu os trabalhos da 2ª fase da Operação Mute, realizada em todo o país sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), com objetivo de identificar e retirar celulares localizados em unidades prisionais, visando combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
Como medida da Operação Mute, para próxima fase, está programado o telamento superior das unidades prisionais do estado, tendo em vista que um dos principais problemas enfrentados são os arremessos externos de ilícitos, o que vai ajudar a impedir a entrada por drones e lançamentos e, assim, contribuir com o objetivo do sistema prisional de Mato Grosso do Sul que é zerar as comunicações ilícitas nas unidades prisionais.
Promovida no estado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e sua Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), 2ª fase da Mute foi realizada na semana passada em cinco unidades prisionais de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Corumbá, com a participação direta de 156 policiais penais.
Conforme dados da Gisp, ao todo, em Mato Grosso do Sul, foram apreendidos nas cinco unidades juntas, 160 aparelhos celulares, além de entorpecentes e outros materiais e objetos proibidos nas unidades penais do estado, que juntas representam um efetivo carcerário de mais de 6,7 mil presos.
Para o diretor-presidente da Agepen, as operações pente-fino têm justamente o objetivo de coibir e retirar os aparelhos telefônicos das unidades prisionais. “A Agepen tem realizado constantemente inspeções para este sentido, além de implantação de tecnologia na revista de visitantes, bem como monitoração constante para coibir e punir casos de corrupção”, explicou.
A Operação recebeu esse nome do inglês Mute, que na tradução para o Português significa mudo, em referência em silenciar a comunicação externa dos internos, já que tem como foco a apreensão de objetos de comunicação proibida, em especial, telefones celulares.
Segundo a Senappen, nesta 2ª fase, nos 27 estados brasileiros foram revistadas 5204 celas, com a apreensão de 1056 celulares, além de duas armas de fogo, envolvendo uma população carcerária de 68.542 pessoas.