Mato Grosso do Sul está entre os 24 estados brasileiros que aderiram este mês ao Escuta SUSP, programa voltado à saúde mental dos profissionais da segurança pública, incluindo policiais penais.
Além de oferecer atendimento psicológico remoto com especialistas de universidades federais brasileiras, a iniciativa vai embasar a criação de um protocolo psicoterapêutico específico, que abrangerá o acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções para prevenção ao suicídio.
A iniciativa é conduzida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As consultas são on-line, sigilosas e ocorrem por meio da plataforma do projeto.
Para solicitar o serviço, basta acessar o site, no endereço eletrônico https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/escuta-susp , preencher o cadastro e anexar a carteira funcional para comprovar vínculo institucional.
Após a inscrição, o servidor recebe, por e-mail, o link para agendamento, podendo escolher o terapeuta e o horário mais conveniente. As sessões ocorrem exclusivamente pela plataforma do projeto.
O atendimento inicial é conduzido por psicólogos bolsistas no último ano da graduação, com experiência clínica, aptos a acolher demandas pontuais e avaliar as necessidades do paciente. Se for necessário um acompanhamento mais aprofundado, o paciente é direcionado para a psicoterapia e atendido por psicólogos em nível de mestrado e doutorado.
Para casos mais graves, como risco de suicídio, o atendimento é feito por especialistas em saúde mental e prevenção ao suicídio, também em nível de mestrado ou doutorado. Cada situação é analisada individualmente, com a possibilidade de encaminhamento para acompanhamento presencial, se necessário.
Entre as principais queixas psicológicas apresentadas pelos pacientes atendidos pelo projeto, estão ansiedade e depressão, seguidas por problemas no trabalho, com a família, de relacionamento com os pares, com as chefias e financeiros, respectivamente.
O Escuta Susp também servirá de base para a criação de protocolos psicoterapêuticos específicos para profissionais de segurança pública, com acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções preventivas contra o suicídio.