O projeto Geladeira Literária, idealizado por policiais penais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), está celebrando dois anos de atuação em Aquidauana com uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação, a reintegração social e a sustentabilidade.
A iniciativa dá nova vida a geladeiras inutilizadas, recolhidas de descartes no meio ambiente, que são reformadas por reeducandos do Estabelecimento Penal de Aquidauana. Após revitalizadas, elas se transformam em pequenas bibliotecas comunitárias acessíveis à população.
Até agora, 15 unidades da Geladeira Literária já foram instaladas em locais estratégicos de Aquidauana e Anastácio, como a Casa de Acolhimento, CMEIs, distritos rurais, terras indígenas e escolas pantaneiras, levando livros a comunidades muitas vezes distantes de bibliotecas convencionais.
Uma das unidades fixas, localizada na esquina das ruas Duque de Caxias e Giovani Toscano de Brito, em Aquidauana, tornou-se um ponto de referência para a troca e o acesso gratuito a livros. Os idealizadores também realizam doações frequentes a escolas, incentivando o hábito da leitura desde a infância.
Para a policial Eliane Luz, uma das responsáveis pelo projeto, a Geladeira Literária é uma poderosa ferramenta de transformação social, unindo literatura, inclusão, consciência ambiental e reeducação. A iniciativa integra o projeto Aromas, Sabores e Saberes do Pantanal, que atua com base na tríade: horticultura, plantas medicinais e literatura.
