Campo Grande (MS) – Bloqueio efetivo de sinais de celular em presídios do Mato Grosso Sul foi tema de reunião realizada nessa quarta-feira (28) entre a direção da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e das operadoras de telefonia, além da empresa responsável pelos equipamentos de bloqueio já instalados no Complexo Penitenciário de Campo Grande.
Durante o encontro, o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, fez uma exposição quanto ao esforço da agência penitenciária no sentido de vencer esse grave problema de comunicação de presos com o mundo exterior. Segundo Stropa, por se tratar de algo que atinge diretamente a população é responsabilidade de todos os envolvidos buscar soluções que equacione essa questão de maneira efetiva, já que são vários os complicadores.
Presente na reunião, o diretor-executivo da Compnet, empresa responsável pela manutenção dos bloqueadores instalados nos quatro presídios do Jardim Noroeste, Adriano Chiarapa, explicou como funcionam os bloqueadores e detalhou as dificuldades inerentes a equipamentos desse tipo, inclusive relativas às novas tecnologias como 4G e wi-fi. Conforme ele, a partir da orientação das operadoras e da Anatel, é possível substituí-los por tecnologias mais modernas e remanejar os que estão em uso para unidades que estão afastadas da área urbana, tonando-se mais eficazes.
De acordo com os representantes das operadoras, a evolução da tecnologia é muito rápida e que a iniciativa da Agepen de envolver as empresas no processo de busca por soluções é inédita no País. Uma das saídas apontadas foi o mapeamento e bloqueio de linhas de telefonia móvel identificadas dentro dos presídios. “Será uma opção interessante, desde que o processo não seja demorado”, pontuou Stropa.
Segundo o diretor-presidente da Agepen, ficou definido que a instituição providenciará um projeto definido indicando suas pretensões e o encaminhará para avaliação das operadoras.
Esse foi primeiro encontro com a participação de representantes das operadoras OI, Tim, Claro e Vivo. Outras duas reuniões anteriores foram realizadas entre a Agepen e a Anatel.