Campo Grande (MS) – Para aprimorar o desenvolvimento de ações realizadas em presídios de Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) quer fortalecer a participação das instituições religiosas credenciadas.
O assunto foi tema de encontro realizado este mês pela Diretoria de Assistência Penitenciária, por meio da Divisão de Promoção Social, com a participação do diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, e representantes das igrejas.
Na oportunidade, agentes penitenciários que coordenam projetos de reinserção social e de combate à dependência química apresentaram como as ações são desenvolvidas, dificuldades e resultados.
Segundo a chefe da Divisão de Promoção Social da Agepen, Alessandra Siqueira, o objetivo das apresentações foi ressaltar o quanto é importante contar com a parceria de todos para que ações desta natureza tenham continuidade e sejam também ampliadas.
O agente penitenciário Vinícius Saraiva de Oliveira falou sobre os projetos idealizados por ele e que são desenvolvidos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, em que os detentos transformam pneus velhos em parques de diversão para crianças e restos de madeiras em brinquedos pedagógicos.
Ambas iniciativas atendem crianças de Centros de Educação Infantil (Ceinfs) da capital. A apresentação foi feita em conjunto com o professor Felipe Augusto da Costa, parceiro na coordenação do projeto com pneus.
Já a psicóloga Fernanda de Melo Rosa discorreu sobre o trabalho desenvolvido com o grupo de enfrentamento à dependência química, que está em execução desde 2012 no Instituto Penal de Campo Grande, e tem sido modelo para outras unidades penais do estado.
A importância do combate à dependência química nas prisões foi reforçada pelo agente penitenciário Creone da Conceição Batista, que representou a direção da Penitenciária de Segurança Máxima no evento.
Para o diretor-presidente da Agepen, a divulgação dos projetos ajuda a implementar as ações já existentes e também possibilita que novas frentes sejam criadas. “Ao terem conhecimento da relevância destas ações para os custodiados, os religiosos logo se prontificaram em propor parcerias para aprimorar estas atividades e se sensibilizaram com os projetos apresentados”, destacou o dirigente.
Atualmente, a Agepen possui 19 instituições religiosas credenciadas que realizam os momentos de fé e oração nos presídios do estado, além de estarem presentes nas demais ações de assistência que envolve caridade e amor ao próximo.
Participaram também do encontro a diretora de Assistência Penitenciária, Elaine Arima Xavier Castro, e o chefe de gabinete da Agepen, Pedro Carrilho de Arantes.
Recredenciamento
Durante a reunião, os agentes religiosos foram informados sobre o credenciamento e recredenciamento das igrejas que querem oferecer ou já prestam assistência em presídios do estado. A medida atende a exigência da Portaria da Agepen que regulamenta a assistência religiosa na prisão.
A sistematização dos trabalhos está programada para novembro e tem como foco as instituições religiosas, no entanto os credenciamentos dos agentes religiosos podem ser feitos a qualquer momento, à medida que as instituições solicitarem ou se houver expirado o tempo da validade de um ano.
A portaria que regulamenta a prestação da assistência religiosa voluntária está disponível no site da Agepen.
Texto: Tatyane Santinoni e Keila Oliveira.