Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen/MS) divulga, em continuidade à sua série de prestação de contas anual, as estatísticas e demonstrativo sobre trabalho prisional no ano de 2015.
De acordo com a Divisão de Trabalho Prisional, 38,21% do efetivo carcerário da autarquia laboram através do sistema de parcerias de trabalho externo e trabalho interno, com um total de 5.619 reeducandos entre sistemas remunerados e não remunerados.
Os custodiados que exercem atividades remuneradas, com remição de 1 dia de diminuição de pena para cada 3 dias trabalhados, são cerca 3.113, 21,17% do total de presos em todo o Estado.
Já os que desempenham atividades não remuneradas, com remição de 1 dia de diminuição de pena para cada 3 dias trabalhados, são 2.506, 17,04% do total de presos nas Unidades Penais do Estado.
Atualmente, existem 177 empresas parceiras do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul que oferecem trabalho aos internos, total oito vezes maior que o registrado há sete anos, conforme informou o chefe da Divisão de Trabalho, Alcides Rodrigues. Outro fator positivo é o alto percentual de internos dos regimes semiaberto e aberto no mercado profissional, atingindo 83,56%.
Segundo o Diretor de Assistência Penitenciária, Gilson Martins, o índice da ocupação laboral de reeducandos um dos principais focos da Agepen no processo de reinserção do apenado traz números desafiadores. “A nossa tarefa, agora, é aumentar o número de custodiados do regime fechado trabalhando. Hoje, cerca de 25,02% deles estão inseridos em atividades laborais nas penitenciárias, percentual acima da média nacional, mas que ainda pode ser melhorado”.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, os custodiados estarem trabalhando é vantajoso, pois os mantém ocupado e longe do ócio. “As atividades laborais é um meio para os reeducandos manterem a mente ocupada e não arquitetarem e nem planejarem crimes, fugas e causarem tumultos nos Estabelecimentos Penais”, afirma. “Outro ponto importante e de grande relevância é que os internos para cada três dias trabalhos, diminuem um dia na sua pena”.
Segundo Stropa, os Juízes das Varas de Execuções Penais e os Conselhos da Comunidade de todo o Estado têm papel preponderante nos índices anunciados e merecem o reconhecimento da autarquia.
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