Dourados (MS) – Um balanço das apreensões realizadas na Penitenciária Estadual de Dourados (PED) referente ao período de 8 de setembro a 9 de outubro foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Conforme relatório apresentado pelo diretor José Nelson Amaral de Oliveira, que assumiu a direção da PED exatamente no dia 8 do mês passado, no intervalo de 31 dias foram localizados pelos agentes penitenciários 14 celulares, cinco carregadores, 14 chips, dois cartões de memória dois fones de ouvido, um cabo USB, além de uma serra medindo quatro centímetros. Com relação a entorpecentes, os agentes aprenderam no presídio 1,155 gramas de maconha.
Entre as principais apreensões desse período, aponta o dirigente, estão 21 facas e uma lança, tudo artesanal, confeccionadas pelos internos a partir de ferros retirados da estrutura do próprio presídio. “Estamos em monitoramento constante para que novas armas não sejam feitas por eles”, informa, destacando que a ação pontual contribui para reforçar a segurança no local.
Também foram apreendidos 60 litros de bebidas artesanais, produzidas a partir de restos de alimentos em um “alambique” improvisado com marmitas. “A criatividade dos detentos é muito grande, mas estamos atentos”, comenta.
Segundo o diretor da penitenciária, as apreensões correspondem a revistas de rotina realizadas pelos agentes penitenciários em celas, solários e demais espaços do presídio, bem como em visitantes. “É resultado de um trabalho diário, não envolveu uma operação pente-fino maior. Esses números demonstram o comprometimento da equipe, somado ao profissionalismo e entrosamento dos servidores, que não medem esforços para manter a disciplina em nossa unidade”, ressalta.
A busca por materiais não permitidos é uma ação constante e incansável, destaca José Nelson, já que são vários os mecanismos utilizados para burlar a segurança. “Nosso foco está em impedir que materiais proibidos entrem, mas temos que atuar também na retirada dos que, por ventura, entraram”, explica.
O diretor-presidente Agepen, Ailton Stropa Garcia, reforça a informação de que há uma constante preocupação institucional em coibir o ilícito na PED, aumentando a segurança dos agentes penitenciários no trabalho e diminuindo as chances de ocorrências de motim. “O que chamou bastante a nossa atenção nessas apreensões registradas foi o tamanho das facas, e até uma lança, apreendidas com os presos, utilizando de muita criatividade; isso não pode, em hipótese nenhuma, ser tolerado”, afirma. “Diante disso, a nova equipe que assumiu o presídio e todos os servidores são merecedores de aplausos pelo profissionalismo, eficácia e zelo no serviço que estão demonstrando prestar”, finaliza Stropa.