Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou este mês, no Centro Penal Industrial Paracelso de Lima Vieira Jesus – unidade masculina de regime semiaberto de Três Lagoas – as ações do projeto “Recomeçar”, que trabalha o enfrentamento à dependência química junto aos internos, a exemplo do que já ocorre em unidades da Capital.
O trabalho é coordenado pela Diretoria de Assistência Penitenciária, por meio da Divisão de Promoção Social, e integra o “Projeto Unificado para o Enfrentamento da Dependência Química no Ambiente de Cárcere”, que busca trabalhar a solução do problema de forma padronizada em presídios de Mato Grosso do Sul, uma das metas da Agepen para este ano.
No presídio semiaberto de Três Lagoas, os trabalhos são coordenados pela psicóloga da Agepen, Katcilene Riquelme Ortiz, e, como o projeto padronizado da agência penitenciária, se baseia em terapias em grupo, bem como a realização de palestras. A primeira apresentação foi realizada na última sexta-feira, com a participação de oito custodiados, número que deverá ser ampliado.
Segundo o diretor do presídio, José Antônio Garcia Sales, para a participação foi aplicado um questionário avaliativo, entre os critérios levando em conta foi considerado se o interno possui reincidência na prática criminal em decorrência do vício.
Conforme a psicóloga responsável, já estão programadas apresentações com a participação e instituições parcerias como Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), Igreja Peniel e Pastoral Carcerária. “Também já programamos atividades para períodos emblemáticos, como o ‘novembro azul, dedicado à saúde do homem, e ao dia mundial de combate à Aids, em dezembro”, informa.