Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) está iniciando a divulgação de estatísticas de suas atividades realizadas no ano de 2015. A série de publicações inicia-se hoje com a divulgação da apreensão de celulares, acessórios, armas artesanais e drogas em todas as Unidades prisionais do Estado.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a resolução nº 5 de 28 de agosto de 2014, editada pelo Conselho Nacional de Politica Criminal e Penitenciária, que trouxe restrições à revista pessoal e o fato dos presídios do Estado , que antes se localizavam em áreas distantes do perímetro urbano agora estarem praticamente cercados por residências e estabelecimentos comerciais, facilitam o ingresso de materiais ilícitos nas Unidades Prisionais. Esse ingresso de objetos proibidos ocorre através das dificuldades de revista diante do grande número de visitantes todos os sábados e domingos, em torno de quatro mil pessoas em todo o Estado e, também, porque familiares e pessoas ligadas aos custodiados arremessam esses objetos sobre os muros das Unidades, o que impõe aos nossos agentes uma constante vigilância para conseguir resgatá-los antes dos detentos. Diante dessas dificuldades, a Agepen estabeleceu uma politica que objetiva, tanto apreender objetos quando da entrada dos visitantes, como extrair de dentro de suas Unidades esses objetos ilícitos. Trata-se de um conjunto de ações composto de revistas de visitantes e pertences, revistas rotineiras nos pátios, pentes-finos rotineiros nas celas e aquisição de equipamentos que possam ajudar nas revistas dos visitantes. Essa ação da Agepen, que foi bem absorvida e desenvolvida pelos agentes penitenciários do Estado, fez com que, em relação ao ano de 2014, o número de apreensões, ainda que diante das novas regras de revista pessoal, tenha praticamente dobrado, principalmente em relação ao numero de celulares apreendidos.
Conforme nossos arquivos, no ano de 2014 foram apreendidos 1474 celulares e 1270 chips e no ano de 2015 foram apreendidos 2473 celulares, quase o dobro do ano anterior e 3297 chips, quase o triplo de 2014.
A grande maioria dos celulares e chips apreendidos ocorre antes que os mesmos tenham chegado às mãos dos internos, interceptados nas revistas de visitantes e recolhidos nos pátios quando arremessados pelos muros.
Um número pequenos que extrapola as ações acima desenvolvidas, é recolhido nos pentes finos rotineiros nas celas e por buscas especificas com detentos após monitoramento e investigação de nossa Gerência de Inteligência nas redes sociais
Também nas apreensões de 2015, encontram-se 140 armas artesanais, como chuchos e facas, entre outros. A Unidade que mais apreendeu foi a Penitenciária Estadual de Dourados, que encontrou 109 armas artesanais nas celas do presídio, dentre as quais, inclusive lanças.
Em relação à maconha, a apreensão foi de 114 kg e 935 gramas. A Unidade que mais apreendeu foi o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, com 84 kg e 172 gramas.
Outras drogas também foram apreendidas como, por exemplo, haxixe. A Unidade que realizou a maior apreensão desse entorpecente foi o Presídio de Transito de Campo Grande, que encontrou 17 pedras. Além de haxixe foram apreendidos 12 comprimidos de êxtases e 65 gramas de pasta base.
De cocaína, houve a apreensão de 4 kg e 417 gramas. A Unidade que mais apreendeu essa droga foi o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, com 3 kg e 16 gramas.
Segundo o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a intensificação das apreensões de celulares, acessórios, armas artesanais, maconha, cocaína e outras drogas, precisa ser uma constante no sistema penitenciário do Estado. E, dentro dessa visão administrativa, ele parabeniza a todos os servidores que se dedicaram para que o desempenho da Agepen fosse melhor do o do ano de 2014.
De acordo com o diretor de Operações da Agepen, Reginaldo Régis, o ano de 2016, iniciou-se com um excelente trabalho nessa linha de apreensões. Apenas nesses primeiros 27 dias de janeiro, tivemos as seguintes apreensões:
De celulares, foram 68 aparelhos apreendidos e 113 acessórios, sendo a maior apreensão 24 celulares na Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti.
A maconha é o entorpecente campeão do primeiro mês de 2016, com 7 kg e 233 gramas. Também foram apreendidos 18 gramas de pasta base e 19 gramas de cocaína. A maior apreensão foi na Penitenciária Estadual de Dourados, com 2kg e 395 gramas.
Além das apreensões de drogas e celulares, também foram apreendidas duas armas artesanais e 18 litros de bebida artesanal.
Nas próximas publicações a Agepen estará divulgando outras estatísticas relativas ao ano de 2015.
Novas apreensões na Máxima de Campo Grande, Dois Irmãos do Buriti e Corumbá
Nesta manhã os agentes penitenciários do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, realizaram uma revista geral na área externa do Pavilhão I, Galeria A e B, onde apreenderam 30 tabletes de maconha, 15 garrafas de cachaça e wisk, sete serrinhas, dois aparelhos celulares e três carregadores de celulares, tudo arremessados por sobre as muralhas.
Durante vistoria de rotina nessa terça-feira (26), na Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti, agentes penitenciários apreenderam 17 aparelhos celulares, oito chip, treze carregadores, quatro fones de ouvido e dois cartões de memória.
De acordo com o diretor da penitenciária, Paulo Inverso Elias, os ilícitos estavam escondidos em um buraco feito no chão da cela embaixo da cama, uma massa com sabão, cinza de cigarro.
Também, na manhã de hoje (27), o chefe de disciplina do Estabelecimento Penal de Corumbá, João Carlos Vanini da Cruz, acompanhado dos agentes Nascimento, Lauro e Sávio, dando atendimento a pedido de diligencias da GISP – Gerência de Inteligência da Agepen, que, monitorando redes sociais descobriu que os internos Leonardo César de Oliveira e Jordyan Valdonado da Costa mantinham comunicação extra muros com outras pessoas, apreendeu um celular marca Samsung, com carregador, cuja propriedade foi assumida pelo custodiado Leonardo, sendo ambos encaminhados para cela disciplinar, devendo responder ao procedimento disciplinar correspondente.
Conforme o Diretor daquele estabelecimento, Ricardo Wagner Lima do Nascimento, os agentes da unidade têm intensificado suas ações, sendo o apoio da equipe de inteligência da autarquia muito importante.
O Diretor Presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia também destacou o empenho dos servidores da Gerência de Inteligência, cujo trabalho no sentido de prevenir as crises, evitar problemas, levantar informações e municiar as direções dos estabelecimentos prisionais têm sido muito relevante.