Dourados (MS) – A Agência Estadual de Administração o Sistema Penitenciário (Agepen) realizou nesta terça-feira (21) operação pente-fino na Penitenciária Estadual de Dourados (PED). As vistorias ocorreram em celas do raio 2, com a participação de 57 agentes penitenciários. Sessenta policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar ajudaram na operação, atuando na contenção dos presos.
A revista geral resultou na apreensão de 14 aparelhos celulares, três carregadores, sete fones de ouvido, quatro litros de bebida artesanal (produzidas com resto de comidas) e 116 armas brancas artesanais, além de anotações com informações importantes.
Durante as vistorias, os agentes identificaram que as celas 33 e 34 estavam interligadas e que nessa última existia um princípio de túnel, com cerca de um metro de profundidade. “Os internos utilizaram 450 sacos feitos cobertores para esconder a terra”, explicou o diretor-adjunto da PED, agente penitenciário Rangel Schveiger. Segundo ele, os servidores também identificaram duas celas com grades serradas.
Rangel classificou que a operação obteve resultado de sucesso e ressaltou que, além da vistoria em si, o trabalho se baseou em investigações prévias. “Trabalhamos com apurações minuciosas para conseguirmos localizar esse volume de coisas e desmantelar esse plano de fuga em massa”, pontuou. O dirigente também destacou o esforço dos servidores penitenciários, muitos em dia de folga, que foram convocados para reforçar os trabalhos. “Demonstraram empenho em buscar a melhoria do sistema prisional”, agradeceu.
Os internos que estavam nas celas interligadas e outros seis detentos identificados como proprietários dos ilícitos foram alojados em celas disciplinares e responderão a processos administrativos, além das demais punições criminais cabíveis.
O diretor-presidente da Agepen, agente penitenciário Aud Oliveira Chaves, também parabenizou a condução da operação e destacou que o monitoramento constante faz parte das ações da instituição. “Os servidores realizam diariamente vistorias, no sentido de impedir que os internos tenham acesso a materiais de uso proibido nas unidades penais, bem como para se anteciparem a tentativas de fuga, que fazem parte da realidade do sistema prisional em todo o país e precisam ser coibidas com medidas pontuais e inteligentes”, finalizou.