Dourados (MS) – A criatividade de pessoas ligadas aos custodiados da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS), que tentam a todo o custo fazer com que drogas e celulares cheguem às mãos destes nos presídios, é impressionante, mas a inteligência e obstinação dos agentes penitenciários do Estado são superiores a tais ações.
São várias as formas já utilizadas para burlar a vigilância dos servidores das unidades prisionais. Exemplos disso são: drogas, celulares e acessórios em caixas de leite, em pipas de crianças, em garrafa pet revestida com espuma de colchão, camuflados em pão francês, chips escondidos em chinelos, flagrantes de visitas com ilícitos em fundo falso de vasilha e entorpecentes misturado na erva de tereré.
A última ideia, que visava confundir os agentes prisionais, aconteceu nesta madrugada (14), na Penitenciária Estadual de Dourados. Por volta de duas horas da manhã, uma das agentes da equipe chefia pelo agente João José Rauber, ouviu assovios, parecidos com o som de um bugio. Esse era o sinal para os presos, quando saíssem para as atividades pela manhã, recolherem a encomenda.
Envoltos em grama sintética verde, para confundir com o pátio interno gramado da PED, os agentes apreenderam dois celulares e dois tabletes de maconha, esta pesando aproximadamente 2 Kg. Os produtos proibidos estavam entre a muralha e a grade de contenção atrás das quadras do Raio III.
O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia e o Diretor de Operações, Reginaldo Régis, têm dito que o sistema deve ter tolerância zero com qualquer tipo de ilícito.
Segundo Stropa, os agentes penitenciários têm correspondido de forma eficaz aos anseios da direção geral e procuram, de todas as formas, impedir que ações criminosas ocorram dentro e de dentro para fora dos presídios.