A arte por meio da música, dança e teatro são instrumentos de promoção social no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), uma das 40 unidades prisionais da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Sob essa ótica, um “festival de talentos” foi realizado esta semana no local, com o objetivo de promover a interação, cultura, conhecimento e reflexão entre as custodiadas.
Promovido pelos setores de Educação e Psicossocial do presídio, o evento reuniu reeducandas com “boa ou ótima conduta”, com o propósito de trabalhar a saúde física e mental, com foco na promoção da autoestima, lazer e descontração, como forma de estímulo à valorização da liberdade.
“É um meio de estimular as qualidades e interação cultural das mulheres em situação de prisão, além de proporcionar maior harmonia ao ambiente carcerário e incentivar a boa disciplina”, explica a policial penal Liliane Amarilha, idealizadora da iniciativa, juntamente com a policial penal Ana Lúcia Coinete.
As reeducandas puderam soltar a voz e cantar desde louvores e canções sertanejas à MPB e Pop Rock. Também interpretaram a peça teatral “luta do bem e o mal” e apresentaram danças coreografadas, entre elas uma que ressaltou a cultura boliviana. Em referência à Copa do Mundo de Futebol, uma interna deu um “show de embaixadinhas”.
Ações como esta, que proporcionam socialização entre as custodiadas contribuem na disciplina e no tratamento penal de forma saudável, segundo a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boleti Carrilho. “Essas iniciativas promovem a autoestima, boa convivência e respeito mútuo”, destacou.
Para as apresentações, as internas participantes realizaram ensaios duas vezes por semana. A iniciativa contou com a colaboração da coreógrafa Suzana Leite e do professor de canto Paulo Daniel Ávalos, que atuam em outros projetos culturais na unidade penal. A Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen auxiliou na estruturação do projeto.