Em busca de apreensão de ilícitos e coibir o uso por detentos, rotineiramente são realizadas vistorias em celas do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, a Máxima de Campo Grande. O trabalho é diário e é uma forma de enfrentamento aos arremessos externos que ocorrem na unidade, com punição também dos internos identificados como envolvidos.
“Adotamos inúmeras medidas no sentido de impedir a entrada de materiais proibidos, com muitas interceptações de produtos antes mesmo de chegar às mãos dos detentos, e também são realizadas vistorias nas celas para a retirada de ilícitos que possam ter entrado”, destaca o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini.
Somente nos últimos 45 dias, foram interceptados 146 celulares, 25,392 kg de entorpecentes, entre outros. “E nesta última vistoria que realizamos em celas do pavilhão que fica mais próximo ao local onde ocorrem a maioria dos arremessos, apreendemos quase 10 kg de drogas, 15 celulares e carregadores”, informa o dirigente, reforçando que existe um trabalho diário e imediato realizado pelos policiais penais.
O diretor-presidente esclarece que, devido ao crescimento urbano e a falta de uma área de isolamento do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste no passado, quando foi construído, a penitenciária está localizada de forma que possibilita o grande trânsito de pessoas nos arredores, o que facilita a estratégia de arremessos de ilícitos para dentro da unidade prisional.
Em conjunto com a Polícia Militar, que atua nas guardas das muralhas, a agência penitenciária tem buscado estratégias no sentido de identificar e coibir esses arremessos, com constantes interceptações de ilícitos, bem como a prisão de pessoas que utilizam desta prática.
Além das vistorias, algumas medidas estruturais vêm sendo adotadas pela Agepen para dificultar os arremessos no Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, entre elas a instalação de telas de proteção de seis metros de altura entre a muralha e os solários. Um projeto para o telamento superior de todos os pavilhões também está em planejamento, como forma de enfrentamento ainda mais eficaz contra essa prática.
A Agepen atua com sua gerência de inteligência, trabalhando em conjunto com outros órgãos de investigação da Segurança Pública, auxiliando na antecipação de casos, bem como na identificação de criminosos. Além disso, sistemas de câmeras estão instalados em pontos estratégicos do presídio para contribuir com o trabalho de vigilância e identificação dos envolvidos.