Campo Grande (MS) – Em Mato Grosso do Sul, cerca de 9,9 mil pessoas privadas de liberdade e servidores penitenciários foram imunizados na 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, conforme dados da Divisão de Saúde da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
O relatório é referente à campanha contra a gripe H1N1 realizada em 44 unidades da agência penitenciária no estado, além da Delegacia de Cassilândia, cujos procedimentos seguiram os mesmos critérios de risco estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A imunização aconteceu por meio de parceria com as secretarias municipais de saúde.
Os dados não incluem informações do Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto de Paranaíba, onde a vacinação não foi realizada, sendo os internos e servidores direcionados a postos de saúde.
“No entanto, como a vacinação não é obrigatória, registramos cerca de 2.244 recusas de custodiados, que preferiram não ser imunizados”, informa Maria de Lourdes, com base no relatório da Divisão de Saúde.
Conforme o Ministério da Saúde, a meta é atingir, pelo menos, 90% dos grupos prioritários, índice que foi superado em várias unidades. Na Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti (PDIB), por exemplo, a vacinação aconteceu no final de maio e imunizou mais de 95% da massa carcerária, totalizando 495 internos.
Segundo a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, na capital, as vacinas foram fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e aplicadas pelas técnicas de enfermagem que trabalham nas unidades penais. “Nos outros municípios do estado, a campanha foi desenvolvida conforme decisão entre as secretarias e os diretores dos estabelecimentos prisionais”, complementa.
Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, essa campanha de vacinação fortalece as ações de saúde voltadas ao sistema prisional e prioriza a atenção com os custodiados e os agentes penitenciários que convivem em encarceramento coletivo.
A imunização protege contra três subtipos do vírus da gripe – A (H1N1), A (H3N2) e influenza B. O Ministério da Saúde garante que a vacina contra a gripe é segura e reduz complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e óbitos. Pesquisas demonstraram que o ato de se vacinar pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias, e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Texto: Keila Oliveira e Tatyane Santinoni.
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