Com instruções sobre técnicas corretas de autodefesa utilizando a doutrina do Krav Maga, um Curso de Intervenção e Reação em Espaços Confinados foi ofertado a policiais penais de Mato Grosso do Sul pela Escola Penitenciária, com a participação do renomado instrutor português, Eugênio Melo, da CET TACTICAL. Ao todo, 38 policiais penais do estado concluíram a capacitação.
Com carga horária de 25 horas, o treinamento foi realizado na última semana e abordou disciplinas como gestão de personalidades e análise de riscos; gestão de conflitos; avaliação de riscos; combate urbano em espaço confinado; técnicas de combate; kubotan; armas brancas e a sua desmistificação teatral; prova de stress; utilização de bastão; defesa com arma de fogo; limitações e distrações.
O responsável pela empresa que ministrou a capacitação, Cleyton Silva de Almeida, explicou que é um curso criado em Portugal, pelo instrutor Eugênio, dentro da Associação Portuguesa de Combate Urbano e Proteção Pessoal.
“Envolve metodologia para própria defesa. São técnicas diferentes do Krav Maga praticado no Brasil e nós trouxemos para a realidade do ambiente prisional”, informou Silva. “Estamos trabalhando para que o Eugênio venha o ano que vem novamente a Campo Grande para que possamos realizar uma nova instrução aos policiais penais”, complementou.
Atuando no Grupamento de Escolta Penitenciária de Corumbá, a policial penal Débora Vilalba acredita que as novas técnicas de imobilização repassadas poderão ser utilizadas em casos de injusta agressão.
Já o policial penal Evandro Luís Mota de Oliveira, destacou que as técnicas ensinadas são muito importantes para a segurança pessoal ou mesmo para ajudar algum colega que esteja sofrendo algum tipo de agressão. “A gente trabalha em ambientes confinados, diretamente com presos, e as instruções apresentaram novas formas de reagirmos de forma rápida, para que possamos intervir de uma maneira mais eficaz”, disse.
Durante o encerramento do curso, a direção da Escola Penitenciária reforçou que a qualificação proporcionou uma série de possibilidades, dentro do objetivo da Agepen, de capacitar cada vez mais o servidor, por meio de parcerias e fazendo dos policiais penais participantes multiplicadores de conhecimento.