Aquidauana (MS) – Dados da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) apontam que o estado está entre os maiores fornecedores de couro do país. De olho nesse mercado profissional, reeducandos do Estabelecimento Penal de Aquidauana (EPA) participaram, recentemente, de um curso de beneficiamento da matéria-prima.
A iniciativa foi oferecida por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Sindicato Rural de Aquidauana e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Nove detentos concluíram o módulo 1 do curso, que envolveu o total de 32 horas aula. A segunda etapa da capacitação está programada para iniciar no dia 27 deste mês. Durante a qualificação, os alunos aprendem sobre tipos de matéria prima, conservação de peles, acabamentos, processos e preparações.
O esforço conjunto entre a Agepen, Sindicato Rural e o Senar tem possibilitado várias qualificações aos detentos em Aquidauana. Somente este ano, por meio da parceria, foram realizados, no regime fechado, cursos nas áreas de cultivo de hortas e pomares, artesanato, entre outros. No regime semiaberto, internos foram qualificados na área de mecanização agrícola, plantio, operador de máquinas etc.
De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o Senar tem se consolidado como um importante colaborador na qualificação profissional dentro do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul, realizando cursos em vários presídios do estado. “O Senar é um grande parceiro nosso, no sentido de desenvolver capacidades profissionais nos custodiados, e isso é de grande importância para o aumento do índice de ressocialização dos reeducandos”, agradece o dirigente.
Para o diretor do EPA, Marco Aurélio Sales, a profissionalização dos internos é positiva por ajudar em questões de disciplina, além de aprenderem um ofício. “Constantemente, temos aqui no Estabelecimento Penal de Aquidauana uma capacitação oferecida pelo Senar. Esses cursos, com certeza, são uma oportunidade para que nossos custodiados aprendam algo que possa servir para o futuro”, afirma o dirigente.