Campo Grande (MS) – A Escola Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Espen) realizou mais um “Curso de Capacitação para Agentes Penitenciários”, exigido em lei para a promoção funcional dos servidores. Essa foi a quinta edição do curso.
Oferecido com a parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Espen, e a Fundação Escola de Governo (Escolagov), as aulas foram na modalidade ensino à distância (EAD) e presencial.
O objetivo do curso foi capacitar os agentes penitenciários com foco no cargo atual, visando melhorar as habilidades e competências relacionadas com o desempenho imediato da função, além de atender aos requisitos específicos para futura promoção funcional.
A qualificação teve a participação de 122 agentes penitenciários das áreas de Segurança e Custódia, Administração e Finanças e Assistência e Perícia, com conteúdos gerais e específicos por área. Entre os temas trabalhados nas aulas presenciais, realizadas na última semana, estão inteligência emocional; segurança administrativa – minimizando os riscos da profissão; informações sobre SIGO, SIAPEN e E-doc; tratamento penal e individualização da pena; políticas de diversidades; gestão emocional, entre outros.
O agente Rodrigo Cameschi Vieira, que atua há cerca de 11 anos na Agepen, foi um dos participantes, e garantiu que acredita que a capacitação constante é muito importante. “O servidor não pode parar no tempo, tem que estar sempre se atualizando, se valorizando, primeiramente para servir ao público e também às pessoas com quem trabalha”, afirma o servidor, que trabalha atualmente na Colônia Penal Industrial de Três lagoas. “Além desse curso específico, já fiz vários cursos com Senasp, Depen, e semana que vem vou participar de um curso na área de inteligência”, comentou.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, prestigiou a abertura do curso, realizada no auditório da Insted, em Campo Grande. Para o dirigente, o trabalho do agente penitenciário exige muito, pois, além dos desafios do dia a dia, há muitas cobranças de outras instituições, como Judiciário, Ministério Público, etc.
“Todas essas qualificações que buscamos é para melhorarmos, ou mesmo evitarmos entraves. O serviço penitenciário é diferenciado das outras instituições, até mesmo da segurança pública, principalmente, por conta da diversidade de situações que administra. E o trabalho que a escola tem é pra nos direcionar, nos amparar, para que tenhamos excelência nos serviços, desde a portaria do presídio à direção, para evitar erros que possam prejudicar o servidor e a instituição, pois até o que falamos e o tratamento que prestamos pode ter repercussão lá fora”, declarou o dirigente aos alunos, parabenizando a todos pela busca do conhecimento.
Em discurso, o diretor da Espen, Vilson Guedes destacou que, apesar de o curso específico ser um pré-requisito para a promoção na carreira, a capacitação funcional tem uma relevância ainda maior. “Não podemos nos prender apenas como obrigação, a qualificação do servidor tem que ser constante, só teremos crescimento institucional se tivermos servidores com qualidade do trabalho, consequentemente teremos qualidade de atendimento”, disse.
Para a realização da capacitação, a Espen contou com o apoio dos servidores penitenciários: Maria de Lourdes Delgado Alves, Marinês Savoia, Rangel Schveiger, Pedro Alosio Viol, Alexandre Albuquerque, Lílian Ricci, Jonas dos Santos Ferreira e Lucimara Mateus Potric de Souza, que atuaram como instrutores.
O curso também teve a participação do subsecretário de Políticas Públicas LGBT, Frank Rossatte, da diretora do Conselho Regional de Serviço Social, Lana Amaral, e dos representantes do Conselho Regional de Psicologia: conselheiro Rômulo Said Monteiro e fiscais Lidiane Canzana Franco e Nathalia Amorim Freitas de Sousa; além da psicóloga convidada Regina Robertson.