O resultado do trabalho que é realizado junto a reeducandos de Mato Grosso do Sul tem sido divulgado à sociedade com a exposição de mosaicos em espaços públicos. Desta vez, está sendo realizada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e segue até 30 de setembro.
Intitulado “Peças que transformam”, a iniciativa também já foi realizada no Aeroporto Internacional de Campo Grande, na Procuradoria Geral de Justiça e na Sede da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
A ação é resultado do trabalho desenvolvido pela autarquia, por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária e de suas Divisões de Trabalho Prisional e Assistência Educacional.
Nas mãos de 25 reeducandos do Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Ivinhema, as peças reproduzem quadros de pintores como Leonardo da Vinci, Tarsila do Amaral, Edvard Munch e Vincent Van Gogh, que garantem elegância e sofisticação ao ambiente.
Ao todo, 12 quadros fazem parte da exposição que também visa a comercialização das peças para os interessados. Os valores arrecadados serão revertidos para aquisição de novos puzzles.
Com até cinco mil peças, os mosaicos levam arte, colorido e resgatam histórias que encantam todos que apreciam a exposição. Tudo confeccionado com mão de obra prisional, inclusive os cavaletes de madeiras, feitos no Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, a partir de paletes doados pela administração das Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa/MS).
Localizadas no Bloco Administrativo da UCDB, as peças têm como público-alvo acadêmicos, professores e toda a comunidade universitária, que terão a oportunidade de conhecer parte do resultado de projetos desenvolvidos dentro do sistema penitenciário do estado.
De acordo com a chefe da Divisão de Trabalho Prisional, Elaine Cecci, a exposição de projetos como esse tem o intuito de divulgar o trabalho que é realizado junto à população carcerária.
“Especificamente, neste mês em que celebramos o Dia do Servidor Penitenciário – em 25 de setembro, é fundamental mostrarmos à população a importância do trabalho desses profissionais na reinserção social dos apenados”, destaca.
O trabalho é resultado do projeto pedagógico-terapêutico desenvolvido pela Agepen, por meio da direção do presídio e com apoio do setor psicossocial. A proposta é trabalhar o raciocínio cognitivo dos reeducandos, reforçando o processo de aprendizagem educacional.
Para o professor Roberto Figueiredo, do Departamento de Artes da UCDB, que viabilizou o espaço para a exposição, o projeto é uma demonstração de que o sistema prisional tem um papel muito além de cerceamento da liberdade, tem a função de ressocializar.”A arte a e a educação cumprem este papel transformador”, afirma.