Campo Grande (MS) – Com foco em possibilitar o diagnóstico precoce da tuberculose, uma unidade móvel dotada de laboratório e equipamento de raio x digital, entre outros itens, irá atender servidores penitenciários e reclusos do Sistema Prisional de Mato Grosso do Sul. O Termo de Convênio que possibilitará esta ação foi assinado pelo Governo do Estado no último sábado (16), durante os trabalhos da Caravana da Saúde, em Dourados.
A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), via Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Pioneiro no País, o trabalho poderá servir de referência para o Ministério da Saúde para ser aplicado em outros estados. A ação faz parte do projeto “Identificação Precoce da Tuberculose no Sistema Prisional do Estado do Mato Grosso do Sul”.
O diretor de Assistência Penitenciária da Agepen, Gilson de Assis Martins, participou do ato solene de assinatura do convênio pelo governador Reinado Azambuja e pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa.
Segundo o dirigente, a doença é considerada uma das maiores preocupações da saúde prisional em todo o Brasil, devido ao ambiente de confinamento e aglomeração nos presídios, o que aumenta o risco de contágio da doença. “Com a unidade móvel, estaremos possibilitando assistência aos servidores, que também são considerados grupo de risco de contrair a tuberculose, já que mantêm contato direto com os internos”, ressalta Gilson.
O coordenador do projeto e pesquisador da UFGD e da FIOCRUZ, Júlio Croda, destaca que, com a unidade móvel, a intenção é que seja realizado o monitoramento ao menos uma vez por ano em todos os presídios. “Queremos que as chances de tratamento e cura sejam maiores e mais efetivas”, informa o médico infectologista, que desde 2012 desenvolve projeto de combate à tuberculose em estabelecimentos penais do Estado.
Conforme Croda, a ação tem a participação de cinco pesquisadores, e conta com uma equipe formada por três médicos, oito enfermeiros e, aproximadamente, 30 alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Biotecnologia e Biologia.