Campo Grande (MS) – Mais agilidade e segurança nas transmissões de informações executadas em estabelecimentos prisionais de Campo Grande. Com esse objetivo, o Governo do Estado anunciou o investimento de R$198.139,40 para aquisição de materiais a serem aplicados no sistema de lógica e infraestrutura de dados e voz nas unidades penais do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste.
Composto pelo Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Penitenciária de Segurança Máxima), pelo Instituto Penal de Campo Grande, pelo Presídio de Trânsito e pelo Centro de Triagem “Anísio Lima”, o complexo penitenciário atualmente abriga quase 30% da população carcerária do Mato Grosso do Sul.
Com esse aperfeiçoamento no sistema, explica o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, poderão ser implantadas, ou mesmo melhoradas, as “videoaudiências” do Tribunal de Justiça, o que reduzirá gastos com escolta, bem como os atendimentos virtuais da Defensoria Pública.
Conforme o dirigente, também será possível aprimorar a alimentação de sistemas de segurança utilizados, como o Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo) e o Sistema Integrado de Administração Penitenciária (Siapen). “Além da implementação de outras tecnologias, como a adequação e organização do sistema de vigilância por câmeras, que melhorarão os trabalhos e reduzirão custos”, ressalta.
Para o secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, a atualização do sistema de lógica dessas unidades prisionais é de suma importância para a própria segurança do sistema, além de propiciar que haja menos deslocamentos de internos para audiências fora das unidades, o que traz grandes economias de tempo, pessoal, veículos e combustível.
Os recursos serão repassados pela Superintendência de Gestão da Informação (SGI) em forma de materiais, segundo o superintendente da SGI, Alessandro Menezes. “A partir de um pedido da direção geral da Agepen, realizamos um levantamento da demanda de cada unidade para estabelecer o que precisa ser comprado”, enfatiza, esclarecendo que orçamento investido atenderá às prioridades.
Os trabalhos terão coordenação técnica de uma empresa que presta serviços de assistência à superintendência e serão acompanhados pela Diretoria de Administração e Finanças da Agepen, através do seu Núcleo de Tecnologia da Informação, com a participação de servidores penitenciários que foram capacitados no ano passado, por meio de parceria entre a agência penitenciária e a SGI, para a instalação das redes de cabeamento estruturado.
De acordo com o chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação da Agepen, Pedro Alosio Viol, os agentes irão coordenar internos que executarão os trabalhos manuais, como a colocação das eletrocalhas, tomadas, fixação dos racks, passagem dos cabos etc. “Iremos eliminar os ‘cascateamentos’ internos, que acabam truncando a passagem dos dados. Também, com a nova logística e implantação de racks centrais, será facilitada a organização e manutenção da estrutura de dados”, explica, destacando que a parte técnica será realizada pelos servidores capacitados.
Com a nova estrutura, comenta Viol, muitos avanços poderão ser implantados, como o VoIP (Voz sobre Protocolo de Internet) que permite que os usuários façam chamadas telefônicas pela Internet. “Isso reduzirá os custos de ligações efetuadas das unidades prisionais”, comenta. “Com um sistema de dados e voz bem estruturado são muitas as possibilidades”, finaliza.