Na madrugada desta quinta-feira (14.1), policiais penais conseguiram impedir que um homem deixasse pacotes de entorpecentes no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, na capital. Desta vez, por volta das 1h40, os servidores verificaram quando um homem, acessou o telhado do presídio por meio da parede dos fundos do galpão de trabalho, anexo ao muro da unidade prisional, que fica ao lado da Sede Administrativa da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
A ação foi um trabalho conjunto entre servidoras que estavam de plantão no EPFIIZ e a equipe escalada pela Agepen, que vem atuando no prédio da Sede da agência Penitenciária, para reforçar a vigilância e ajudar a impedir essa prática criminosa. As policiais penais do presídio visualizaram pelo sistema de câmeras e avisaram a outra equipe. Ao perceber a movimentação dos servidores a pessoa recuou e fugiu em uma moto, deixando para trás uma mochila com cerca de 2,4 kg de maconha, embaladas em porções.
Na madrugada de terça-feira (12.1), outro flagrante semelhante foi registrado. Na oportunidade, os servidores que estavam de plantão na sede administrativa também visualizaram quando um homem tentava acessar o presídio, através do teto do prédio da Agepen. Ao receber a ordem que descesse, o homem jogou a mochila e empreendeu fuga do local. Foram apreendidos 12 aparelhos celulares, 7,36 kg de maconha, 43,3 gramas de cocaína, 70 chips telefônicos, 63 pacotes de papel seda, 30 fones de ouvido, 22 carregadores de celular, dois cabos USB, entre outros.
Desde que tomou conhecimento da prática, a administração da Agepen adotou uma série de medidas para coibir o acesso de ilícitos ao estabelecimento penal feminino da capital. Foi reforçado todo sistema de câmeras, concertinas e cerca elétrica. Também têm sido mantidos servidores penitenciários de plantão noturno na Sede administrativa para realizar a vigilância e cuidar a cada minuto o sistema de monitoramento por câmeras. A Polícia Militar, que é responsável pela guarda externa da unidade prisional, também foi informada sobre o modus operandi dos criminosos.
Além das medidas estruturais, transferências pontuais de internas têm sido realizadas e investigações estão em andamento para identificação dos envolvidos com base nas informações, imagens e provas já coletadas.
Os trabalhos são acompanhados pela Diretoria de Operações da Agepen e pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp), com apoio de outros serviços de inteligência das forças de segurança.
Conforme programação da Agepen, o prédio atual onde funciona a unidade prisional feminina não será mais utilizado para a custódia de mulheres em cumprimento do regime fechado assim que a obra da nova unidade, com 407 vagas, for concluída na região da Gameleira.