Campo Grande (MS) – Os métodos da Constelação Familiar foram apresentados aos servidores da área de Assistência e Perícia da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), na capital. A proposta é levar a psicoterapia de abordagem sistêmica aos agentes penitenciários e detentos das unidades penais de Campo Grande.
Intermediado pela promotora Renata Ruth Goya Marinho, da 50ª Promotoria de Justiça, o projeto visa implementar a constelação familiar no ambiente prisional como forma de aperfeiçoar os atendimentos oferecidos, melhorar as relações interpessoais, além de proporcionar uma recuperação mais efetiva dos custodiados.
As técnicas foram apresentas na Escola Penitenciária (Espen), na manhã desta terça-feira (5.6), pela advogada criminalista e terapeuta holística Tereza Cristina Silva. “A intenção é possibilitar um ambiente de trabalho mais saudável aos agentes, um cumprimento de pena com dignidade aos custodiados e resgatar identidades também”, explicou Tereza.
Tendo como foco a mudança individual por meio da superação de traumas e dificuldades sofridas, a constelação familiar visa dar um novo olhar aos problemas vivenciados por meio de representações, dinâmicas, explicações teóricas e exercícios. Além disso, é baseada na consciência coletiva e têm três princípios como fundamentos: necessidade de pertencimento, hierarquia dentro do sistema, e do equilíbrio entre dar e receber.
Durante o encontro, a promotora Renata Ruth Goya, destacou que a questão penitenciária é extremamente complexa e que é preciso ter visão estratégica a curto, médio e longo prazo. “Reconhecemos o importante papel da agência penitenciária e nós do Ministério Público queremos ser facilitadores do sistema prisional em diversas áreas e acredito que juntos podemos construir algo novo e melhor”, afirmou agradecendo a presença de todos os profissionais.
Segundo a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Elaine Arima Xavier Castro, este encontro foi para apresentar o método da Constelação Familiar aos psicólogos e assistentes sociais das unidades penais da capital. “Posteriormente, vamos fazer uma reunião e estudar a forma que será desenvolvido este projeto, tanto com os servidores quanto com os custodiados”, frisou.
A proposta será coordenada pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen e realizada por intermédio do Núcleo de Atendimento Psicossocial ao Servidor e pelas Divisões de Promoção Social e de Saúde.
Também estiveram presentes, o chefe de Gabinete da Agepen, Pedro Carrilho de Arantes, que representou o diretor-presidente da Agepen; a chefe do Núcleo de Atendimento Psicossocial ao Servidor, Maria Roseneusa dos Santos Oliveira; as chefes de Divisões, Marinês Savoia (Promoção Social); Maria de Lourdes Delgado Alves (Saúde); Elaine Cecci (Trabalho); Rita de Cássia Argolo Fonseca (Educação); além de psicólogos e assistentes sociais da Agepen.
Texto e Fotos: Tatyane Santinoni.