Campo Grande (MS) – Para dar continuidade na contribuição do sistema prisional de Mato Grosso do Sul com as crianças em tratamento contra o câncer, reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na capital, confeccionaram edredons e pijamas. Inicialmente, foram doadas 76 peças, sendo 33 cobertores e 43 conjuntos de pijamas infanto-juvenil que serão entregues no Hospital Regional.
A ação integra uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da direção do EPFIIZ, e a Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC), representada pela coordenadora do voluntariado, Maria Lúcia Smaniotto.
A coordenadora relata que uma empresa doou uma quantidade considerável de malha na cor amarela, utilizada na confecção das peças. “Essa coloração se compara com o sol que nasce a cada dia trazendo esperança de dias melhores, desta forma, foi possível materializar esse sentido de alegria surgindo a ideia de confeccionar peças para serem utilizadas pelas crianças internadas no tratamento do câncer”, rvelou Maria Lúcia.
Com trabalho totalmente voluntário, as internas dedicaram horas do dia para realizar cada peça com muito capricho. Todo o trabalho foi realizado em uma semana pela equipe que atua na oficina de artesanato do presídio. A cada três dias do serviço realizado, elas recebem um dia de remição na pena, como estabelece a Lei de Execução Penal (LEP).
Para a reeducanda T.D.S, ter a possibilidade de contribuir com quem realmente precisa traz um renovo de vida. “É muito bom ajudar, saber que o pijama e os cobertores produzidos por nós vão ajudar e isso também é um novo aprendizado, já que é a primeira vez que confeccionamos pijamas e cobertas, mas fizemos o nosso melhor e com muito amor”, revelou.
Para a diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, essa parceria é gratificante por promover uma reflexão nas internas, em especial nas que estão envolvidas e que participam indiretamente no processo de restabelecimento de cada criança. “Todo o trabalho é voluntário e feito com capricho e dedicação, além de trazer benefícios para a vida pessoal e isso reflete positivamente no ambiente prisional”, destacou.
Colaborou agente Liléia Souza Leite, do EPFIIZ.