Campo Grande (MS) – Em continuidade à pauta de visitas a unidades prisionais do Estado, o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa Garcia, acompanhou esta semana a vistoria de rotina realizada pelo juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande (2ª VEP), Albino Coimbra Neto. Na oportunidade, também estiveram presentes a promotora de Justiça Jískia Trentin e o superintendente de Políticas Penitenciárias, Rafael Garcia Ribeiro.
Dentre os diversos temas levantados, o encontro tratou sobre os procedimentos adotados em relação ao transporte de reeducandos para os locais de trabalho, em especial a possibilidade de disponibilização de ônibus para encaminhar os presos que trabalham no Parque das Nações Indígenas e Parque dos Poderes, estabelecendo assim um maior controle no deslocamento até esses locais, como também de retorno ao presídio.
O relatório apresentado pela Direção do Presídio aponta que dos 840 presos da unidade, 683 estão trabalhando. Os demais estão em período de observação, uma vez que ingressaram nos últimos 30 dias na unidade, ou então cumprem falta disciplinar.
Aliás, hoje a Gameleira encaminha para o mercado de trabalho toda sua mão de obra apta a trabalhar e, no momento, existe falta de pessoal para suprir os pedidos dos empregadores, resultado de um trabalho conjunto, envolvendo diversas pessoas e instituições no estabelecimento de uma filosofia de colocar todos os presos no mercado de trabalho.
Na mesma medida que crescem as oportunidades de trabalho e de uma nova profissão para diversos reeducandos da Gameleira, o índice de evasão regride ano após ano. Em 2008, por exemplo, a evasão girava em torno dos 60%, muito acima dos 7% registrados no último mês.
Visita
Stropa aproveitou a visita na unidade prisional para percorrer os diversos setores do local, considerado modelo nacional para o regime semiaberto, pelo Conselho Nacional de Justiça.
O diretor-presidente pôde conhecer os pavilhões, celas e oficinas de trabalho nas quais empresas, instaladas dentro da unidade, são responsáveis pela cozinha, produção de tijolos de cimento, beneficiamento da mandioca, horticultura, tornearia e fundição de tampas de esgoto, tudo produzido com a mão de obra dos recuperandos.
Também vistoriou as obras de reforço na segurança da entrada do presídio e de ampliação no número de leitos em alguns alojamentos.
Colaborou assessoria de comunicação do TJ/MS
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