Essa foi uma madrugada diferente e que com certeza ficará marcada na memória de policiais penais do Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante. Por volta das 2 horas, a equipe plantonista foi chamada à cela do materno-infantil, porque uma custodiada, grávida de 37 semanas, estava sentindo dores, aparentando ser “contrações de trabalho de parto”.
Imediatamente, a equipe da unidade acionou o hospital local, para que enviassem a ambulância, e também a Polícia Militar para que fizessem a escolta, mas foi tudo muito rápido e não deu tempo, as servidoras que tiveram que auxiliar no nascimento da criança ali mesmo: uma linda menina, de 3 kg, aparentemente sem alterações, com os sinais vitais normais.
“Nunca imaginávamos passar por um momento como este, mas foi gratificante e emocionante poder colaborar com o nascimento desse bebê”, destacou a policial penal Janete Walchak. “Foi uma situação inédita, fizemos de tudo para que, mesmo diante da situação, ela se sentisse segura e acolhida”, complementou Luana P. Figueiredo.
O trabalho de parto contou com a ajuda da reeducanda G.G.M.S, que realizou o procedimento de colocar o bebê em posição de decúbito ventral (virou a criança), para evitar que aspirasse líquido amniótico e outras secreções (na foto principal com as policiais penais).
De acordo com a diretora do EPFRB, Lígia Maria Asato, a equipe de saúde do hospital chegou ao local na sequência, e realizaram os demais procedimentos necessários, cortando o cordão umbilical e retirando a placenta. A interna e a recém-nascida foram encaminhadas até o hospital para os demais atendimentos.
Enquanto estava gestante, a reeducanda realizou o pré-natal no presídio. Mãe e bebê passam bem.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, parabenizou a equipe pela atenção humanizada e a rapidez que agiram. “Nossas policiais penais demonstram também em situações como esta, todo o empenho em desenvolver nosso ofício com amor e dedicação”, elogiou.
Colaborou policial penal Fernanda Araújo, do EPFRB.