Policiais penais de Mato Grosso do Sul participaram esta semana do II Encontro Nacional de Inteligência Penitenciária. Promovido pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), por meio da Dipen (Diretoria de Inteligência Penitenciária), o evento reuniu os pontos focais de inteligência penitenciária dos estados e gestores estaduais do Sisdepen, contando com mais de 45 instituições dos estados e da união reunidas no encontro.
O encontro destacou a importância do compartilhamento de experiências e conhecimentos para enfrentar os desafios complexos enfrentados pelo sistema penitenciário. Ao reunir representantes de diversos estados e instituições, a Senappen reafirma seu compromisso com a promoção da cooperação e melhoria contínua da coleta de dados no âmbito da inteligência penitenciária.
A coleta de dados desempenha um papel fundamental no fortalecimento da inteligência penitenciária, sendo um elemento essencial para a compreensão aprofundada das dinâmicas do sistema carcerário. A obtenção sistemática de informações provenientes do Sisdepen, é crucial para identificar padrões, tendências e potenciais ameaças.
Durante o evento, a gerente de Inteligência do Sistema Penitenciário de MS, policial penal Helaine Gomes da Silva Barros Ton, fez uma apresentação sobre o trabalho realizado pela Agepen na área. Também foram abordados pela Senappen temas como o papel da inteligência penitenciária no enfrentamento as organizações criminosas, apresentação dos resultados e estratégia da Operação Mute e Operação Modo Avião, sistema de informação da Senappen, articulações internacionais com a Inteligência Penitenciária, mapeamento de organizações criminosas, Análise Comportamental.
Presente no encontro, o gestor do Sisdepen no estado, policial penal Loirdes Benedito de Oliveira, avaliou que o encontro marca um novo tempo na gestão de informações penitenciárias, já que por meio das ferramentas oferecidas pela secretaria nacional pode-se ter uma radiografia completa e exata do sistema e, assim, saber onde aplicar os recursos, bem como onde estão os pontos fortes e fracos que precisam de maior atenção.
“Essa parceria traz ao gestor penitenciário uma visão completa sobre o que realmente existe e para onde apontar suas forças”, pontuou, ressaltando que a Senappen é o órgão do Ministério da Justiça que hoje implementa uma nova visão de como lidar com as informações colhidas e assim direcionar os recursos onde mais se precisa.
Para o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Abel Barradas, a difusão de dados e informações entre os entes federativos é essencial para aprimorar a inteligência e assessorar de forma mais precisa os tomadores de decisão. “Informações qualificadas formam a base fundamental para uma inteligência eficaz, e 2024 será o ano de maior celeridade na publicação dos dados do Sisdepen e o de maior troca de informações de inteligência penitenciária”, afirmou. Como agência central de inteligência penitenciária, a DIPEN tem a responsabilidade de promover a coordenação e integração das agências de Inteligência Penitenciária.