Na tarde desta quarta-feira (23), policiais penais flagraram um advogado tentando entregar no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), porções de maconha escondidas dentro de um tudo de creme dental. O flagrante ocorreu durante a revista nos pertences levados pelo advogado para ser entregue à sua cliente. Ao todo foram localizados sete papelotes de maconha.
O profissional, que tem prerrogativa para entregar pertences destinados à cliente custodiada, alegou que recebeu os pertences de familiares da interna e não sabia do conteúdo ilícito. Momentos antes, um homem, cadastrado com cartão do visitante, também foi flagrado nas mesmas circunstâncias na unidade penal, com porções de cocaína escondidas em tubo de creme dental, enquanto deixava pertences para serem entregues à sua familiar custodiada no EPFIIZ.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu ambos para a delegacia de Polícia Civil para registro de ocorrência e providências cabíveis. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi comunicada sobre a ocorrência envolvendo o advogado.
Instituto Penal
Policiais penais do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) interceptaram, na noite dessa terça-feira (22.9), invólucros contendo aproximadamente 6,1 kg de maconha arremessados pelo muro do presídio. Por volta das 21h, o servidor da Agepen observou, pelo sistema de monitoramento, o momento que o entorpecente foi arremessado e caiu na linha de tiro, nos fundos do pavilhão 1.
O êxito em flagrantes como esse se deve à instalação de câmeras em pontos estratégicos, que auxiliam os policiais penais na vigilância e impedem que materiais ilícitos arremessados pela muralha do presídio cheguem às mãos dos detentos.
Para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), tanto os flagrantes no EPFIIZ quanto a interceptação no IPCG demonstram a intensificação dos trabalhos e a atuação responsável dos servidores.
De acordo com o relatório da Diretoria de Operações da Agepen, com o apoio de equipamentos com tecnologia de ponta o número de interceptações triplicou nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados se referem a apreensões com visitantes e de materiais arremessados pelas muralhas dos presídios.
Nesse contexto, a camuflagem é um detalhe que chama a atenção dos servidores. E este ano, já foram realizadas outras ocorrências com entorpecentes escondidos em creme dental, sabonetes ou sabão.
Em maio, por exemplo, foram apreendidos 12 sabonetes com substâncias entorpecentes análogas à maconha e cocaína, com auxílio do aparelho de Raio-X, nos estabelecimentos penais de Paranaíba (EPPar) e de Rio Brilhante (EPRB). Já em Bataguassu, um homem foi detido durante a revista de pertences, no início de junho, ao entregar tubos de creme dental recheados com entorpecentes.