Por meio de parceria entre o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), foi promovida esta semana a “Capacitação em Análise de Imagens de Bodyscan”, com participação de policiais penais da capital e interior de Mato Grosso do Sul.
O objetivo é potencializar e aperfeiçoar o uso do equipamento durante as inspeções corporais realizadas no ingresso às unidades prisionais do estado.
O curso foi oferecido pela empresa VMI, responsável pelo fornecimento dos aparelhos de alta tecnologia que, por exibirem imagens tipo raio-x, são capazes de identificar ilícitos escondidos no corpo de quem estiver adentrando o presídio.
O foco da qualificação foi orientar os operadores do equipamento quanto à diferenciação e interpretação das imagens de objetos, por meio da análise da anatomia, além de abordar a proteção radiológica.
“Detalhamos também quem pode passar, quantos vezes pode passar, se é seguro etc”, explicou o instrutor do curso Peter Kuhn, mestre em proteção radiológica.
Segundo o instrutor, o aparelho é seguro podendo a pessoa ser submetida a inspeção até 1.100 vezes por ano, inclusive gestantes, por não se tratar de fonte radioativa.
Designado pelo Depen para acompanhamento do curso, Vinícius Leite Bandeira, que integra a coordenação-geral e aparelhamento e inovação tecnológica do órgão federal, ressaltou que o curso está sendo oferecido a servidores penitenciários em vários estados do país. “Representa um importante aprimoramento para que os profissionais tenham mais certeza quando se trata de órgãos internos, gases ou objetos ilícitos, como celulares, chips, drogas e armas”, pontuou.
Ao todo, 34 policiais penais de 17 municípios foram capacitados para atuarem como multiplicadores em suas unidades prisionais, entre eles Valdirene Bocalon, que atua no Estabelecimento Penal de Cassilândia. “Esse treinamento é um divisor de águas, pois poderemos diferenciar e identificar melhor as imagens”, afirmou, reforçando que o equipamento representou um grande avanço nas inspeções de visitantes à unidade.
Texto: Keila Oliveira e Tatyane Santinoni