Após 22 dias de treinamento intenso, superando física e psicologicamente cada etapa, 16 policiais penais estaduais e dois federais concluíram, nesta sexta-feira (27.1), o IV Curso de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE), promovido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Para a equipe da Agepen, a qualificação prepara o servidor para atuar no Comando de Operações Penitenciárias (COPE), que representa a força de reação da instituição em situações de crise, como motins e rebeliões, bem como na contenção de presos durante operações pente fino e escoltas de alto risco.
A solenidade de formatura foi realizada nas dependências do 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20º RCB) do Exército Brasileiro, um dos principais parceiros da Agepen na realização do curso, que também contou com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Corpo de Bombeiros Militar, entre outros.
A servidora Helry Daieny da Silva Cruz falou em nome da turma e destacou cada etapa que precisou ser superada por todos os concluintes, desde as seleções preliminares ao curso, ao dia a dia do treinamento intenso. “Entre desafios, medos e coragem, alguns ficaram no caminho, foram desistindo. Entre os desafios de conhecer os efeitos do gás de pimenta, lacrimogênio, o chantilly, choque, rapel e muitas flexões, foram testadas nossas capacidades físicas e psicológicas”, destacou, reforçando a qualidade técnica do curso, que envolveu também situações reais de intervenção em ambiente carcerário.
Ao lado da família, que fez questão de acompanhar o momento tão importante de formatura, o policial penal Thiago Messias Duarte de Almeida garantiu que a conclusão do curso é a realização de um sonho que tinha desde que iniciou na carreira há quatro anos.
Já o concluinte Leonardo Sotolani, contou que chegou a iniciar o CIPE no ano passado, mas não conseguiu concluir. “É uma guerra enorme que venci hoje. Corri atrás, me preparei fisicamente e psicologicamente. Para mim é uma vitória e quero levar isso para minha intuição, com policiais altamente treinados. É uma vitória que ficará marcada para o resto de minha vida”, comemorou.
Em discurso, o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, enfatizou que a realização de mais este curso demonstra a evolução que a carreira vem conquistando. “Lutamos por uma Polícia Penal cada vez mais fortalecida e reconhecida pelo bom trabalho que executa”, disse. “E isso graças ao amor dos nossos servidores pela profissão, que a desempenham com excelência”, complementou.
O curso foi ministrado pela Escola Penitenciária (Espen), com a participação de instrutores que compõem o Cope. Com carga horária de 220 horas/aula, a capacitação foi realizada em regime de internato e abordou disciplinas como: intervenção tática prisional, atendimento pré-hospitalar, armamento e tiro, técnicas e tecnologias não letais, vigilância de muralhas, Lei de Execução Penal, imobilização, técnicas de escolta e transporte de presos, gerenciamento de crise prisional, segurança administrativa, uso progressivo da força, rapel tático e Direitos Humanos.
Também participaram da solenidade de formatura o coordenador de políticas Penitenciárias da Sejusp, Rafael Garcia Ribeiro, que representou o Governo do Estado no ato; o comandante-geral da Polícia Penal, Valdimir Ayala Castro; o comandante do 20º RCB, tenente-coronel Daniel Vargas dos Santos; o diretor da Penitenciária Federal de Campo Grande, Rodrigo Almeida Morel,entre outros.
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