Campo Grande (MS) – A instalação do ponto eletrônico em todos os órgãos do Governo do Estado em breve será uma realidade para os 40 mil servidores estaduais, proporcionando uma economia de mais de R$ 9 milhões por mês aos cofres estaduais. A previsão de reduzir até 3% do valor gasto atualmente com a folha de pagamento é uma estimativa da Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD), que em 2015 deu início ao projeto piloto da medida.
Apesar da polêmica em torno do assunto, o Secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis esclarece que um dos principais objetivos da medida está na responsabilidade do gestor em cuidar do bem público. “Nós queremos valorizar o servidor que presta um bom serviço. A medida não é para punir ninguém, muito pelo contrário, queremos valorizar aquele servidor que trabalha muito e trabalha bem. Somos todos servidores públicos e é nosso dever tornar cada vez mais transparente as ações do governo”, destacou Assis.
Conforme edital de aviso publicado no Diário Oficial do Estado, serão licitados 573 aparelhos no valor médio de R$ 472,66 cada. Mas esse é apenas valor de referência baseado em pesquisa de preço. “Não significa que será esse valor, esse é apenas o termo de referência. Com o pregão eletrônico ampliamos a concorrência e, esperamos que esse valor chegue aos R$ 350 mensais, com aluguel, sistema e manutenção”, pontua o titular da SAD.
A opção pela locação deve-se a fatores como substituição de aparelhos com defeito em qualquer cidade do Estado em até 48 horas e a possibilidade de atualização conforme forem surgindo novas tecnologias. Nos casos em que há menos de 30 servidores atuando no local, o ponto será via web com o sistema instalado no computador desktop, e em casos específicos, como dos servidores que viajam para atender demandas de Governo, por exemplo, será liberada uma senha individual para que esse servidor registre o ponto via aplicativo de celular.
Modernização
O sistema do ponto eletrônico será interligado com a folha de pagamento proporcionando agilidade e modernização do sistema de controle de frequência. Atualmente o controle é feito por meio de folha de ponto, ou seja, são gastas mensalmente 50 mil folhas de papel sulfite para impressão.
Para o secretário, é uma forma de economizar, desburocratizar e ainda contribuir para preservação do meio ambiente. “Por ano, isso representa uma redução de 600 mil folhas de papel nos arquivos de RH do Estado, e o mais importante, estaremos contribuindo para preservação do meio ambiente, pois isso equivale a 30 árvores desmatadas”, ressalta Carlos Alberto.
O novo formato de registro de frequência possibilitará a realocação de aproximadamente 250 servidores que hoje fazem o monitoramento das folhas de ponto nos órgãos estaduais. Com a integração de dados, atos retroativos que hoje causam atrasos no fechamento da folha serão eliminados. Além da confiabilidade das informações transmitidas, o sistema oferece a possibilidade da criação de um banco de horas e a inclusão dessas informações no Portal da Transparência.
Mireli Obando, Assessoria de Comunicação / SAD | Fotos: David Majella