Campo Grande (MS) – Internas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) e da Casa do Albergado de Campo Grande (EPRACA) receberão ações do Programa de Empoderamento a Vítimas de Abusos. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) e a Associação Pro-Eva, e tem por objetivo contribuir na elevação do emocional e na cura dos traumas ocorridos por abuso e violência e prepará-los para o retorno e convívio social após o cumprimento da pena.
No EPFIIZ, o programa terá início na próxima segunda-feira (7), com previsão de duração de 14 semanas. Após o início, o projeto terá continuidade às terças-feiras, das 8h30 às 11 horas, Z. O projeto contemplará as reeducandas que quiserem participar, os grupos serão divididos em 20 mulheres por vez. As mulheres custodiadas que já sofreram violência e ainda estão em um momento delicado por estarem em regime fechado, necessitam de uma atenção especial.
O projeto elaborado pela Associação Pro-Eva visa incentivar uma conversa franca e aberta sobre vários assuntos e romper com o silêncio que protege os autores dos crimes de abuso e violência, que na maioria dos casos são praticados por pessoas próximas. Para isso foi montada uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas, assistente social e pedagoga.
Para que haja o empoderamento dessas mulheres é que o projeto foi criado, o intuito das terapias é o fortalecimento psicológico, a elevação da autoestima das participantes, que sairão prontas para o retorno e ao convívio social. As profissionais incentivarão às mulheres que sofreram abuso ou violência em romperem com o silêncio, realizarão o esclarecimento sobre o que é considerado como abuso, os diferentes tipos de violência, psicológica, sexual, moral, patrimonial, física, dentre outras, com objetivo em pontuar diagnosticar alguns dos sentimentos mais comuns de quem sofre por um trauma, medo, ódio, culpa, vergonha, dentre outros.
Serão ministradas palestras referentes ao tema, oficinas de compartilhamento de experiências, orientação psicológica, rodas de conversas, dinâmicas de grupo, e outras atividades. De acordo com a criadora do projeto e Psicóloga e Coach da Funtrab, Giseli Oliveira, “a intenção é tirar essas mulheres da condição de vítimas e levá-las a descobrirem que cada uma tem potencial para romper limites, e com isso superar os traumas, enxergar a vida por outra ótica, para que não se permitam mais serem abusadas”, ressalta.
Com informações da Funtrab.