A Portaria do Estabelecimento Penal de Nova Andradina (EPMNA) agora conta com uma nova estrutura, assim como outros setores do presídio que passaram por várias obras ao longo deste ano, com o objetivo de aperfeiçoar a segurança, garantir maior efetividade ao trabalho dos policiais penais e contribuir para a humanização da pena.
A reestruturação faz parte de um processo de aperfeiçoamento que a unidade prisional vem recebendo desde que o policial penal Rogério Capote assumiu a direção do local em outubro do ano passado. Para as obras, foram investidos cerca de R$ 35 mil, entre recursos fornecidos pelo Conselho de Segurança Pública de Nova Andradina e Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Um dos setores que receberam mais melhorias foi o que dá acesso a unidade. Instalada em um novo espaço mais amplo e seguro, a Portaria agora dispõem uma parte específica para as revistas por meio do bodyscan e portal detector, e uma sala separada onde fica o servidor responsável pelo controle do posto. Também foi feito um banheiro no local para maior comodidade de quem chega ao presídio.
Outra novidade é uma ala própria para a instalação e retirada de tornozeleiras, já que na cidade esse trabalho é realizado no EPMNA, tendo em vista que não há polo específico da Unidade de Monitoramento. O espaço conta com isolamento de segurança para evitar fugas ou dificultar alterações disciplinares por parte dos monitorados durante os procedimentos.
Com as obras, os policiais penais ganharam novos alojamentos masculino e feminino, nova sala do diretor, sala de armas, sala para atendimento de advogados, melhoria do setor de confecção, sala de aula, biblioteca entre outros setores; além da readequação do sistema de videomonitoramento.
“Fizemos todas as melhorias sem necessitar de construção de um metro quadrado sequer, apenas fizemos readequações com mudanças de salas, tirando e colocando portas e janelas. Não tinha escola, não tinha sala do diretor, não tinha alojamentos adequados, biblioteca, agora temos, e também mudamos o setor de confecção. Demos um ‘upgrade ‘ no presídio antigo”, destacou o diretor Capote.
Segundo o dirigente, esses aperfeiçoamentos integram a segunda etapa de reestruturação do presídio, iniciada nesse segundo semestre de 2022. “Na primeira metade deste ano, foram realizadas obras nos pavilhões, celas disciplinares, mudança no acesso das visitas de menores, com um corredor que não passa em frente aos pavilhões e reforma das celas, além do sistema de esgoto, em atendimento às orientações da Vigilância Sanitária, ”, detalha.
Para marcar a entrega de todas as melhorias, a direção do presídio realizou esta semana uma visita guiada com demonstração do antes e depois, por meio de registros fotográficos. O momento contou com a participação do diretor-geral da Polícia Penal, Valdimir Ayala Castro; do diretor de operações da Agepen, Acir Rodrigues, da subsecretária de Assistência Social do Município, Delma Prado, e da presidente do Conselho de Segurança Pública local, Etiene Chagas; além de representantes da 7ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB).
O diretor geral da Polícia Penal ressaltou que ficou bastante satisfeito com as mudanças e classificou como de excelência o trabalho realizado pela direção e equipe do EPMNA que, “com dedicação, força de vontade e boa gestão, conseguiram proporcionar significativas melhorias para a unidade, o que reflete no trabalho como um todo e para o bom andamento da rotina de segurança e disciplina do local”.
As ações promovidas pela direção e equipe do Estabelecimento Penal de Nova Andradina também renderam reconhecimento do Conselho de Segurança Pública da Cidade, que concedeu um certificado de destaque pela atuação. No documento, o colegiado agradece o empenho e dedicação durante o ano. “Acreditamos que por meio dos valores de honestidade, ética, moral e trabalho duro apresentado por pessoas como vocês, a Segurança Pública em nosso município melhora a cada dia”, parabenizou.
Outras Ações
Mais novidades estão previstas para acontecer na unidade prisional, entre elas a instalação de uma padaria cedida pela Prefeitura Municipal. “Queremos ensinar os presos a trabalharem com panificação e podermos produzir pães para creches, asilos e instituições sociais que necessitarem, unindo qualificação da nossa mão de obra prisional e ocupação produtiva, ao mesmo tempo em que iremos ajudar quem mais precisa”, explicou Capote.
Dentro desse foco de ressocialização por meio do trabalho e profissionalização, a oficina de costura do EPMNA tem ajudado também a fornecer uniformes para os custodiados do local, bem como de outros presídios do estado, como Jardim e Bataguassu. O local foi um dos que sofreram readequações e agora possui maior capacidade de produção.
Fotos Divulgação EPMNA.