Campo Grande (MS) – Nesta terça-feira (7.11), servidores que atuam na Sede da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) participaram de uma palestra sobre “Saúde do Homem”, com o médico urologista Nelson Trad Filho.
A iniciativa é promovida pela Secretaria de Estado de Saúde, como parte da campanha Novembro Azul, visando reforçar a conscientização sobre a necessidade de prevenção ao câncer de próstata, sexto tipo mais comum da doença no mundo.
Durante a palestra, o especialista destacou a importância da realização de exames preventivos, como o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), o toque retal e a ultrassonografia. “Quando descoberto no início, o câncer de próstata tem 100% de chance de cura, portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para combater a doença”, informou, ressaltando que é essencial que os homens, a partir dos 45 anos, realizem exames regulares.
Conforme Trad, nos casos identificados, o tratamento pode ser feito por meio de radioterapia, crioterapia ou mesmo cirurgia. “No caso da cirurgia de retirada da próstata o paciente não perde a ereção, isso é mito, os relatos dos pacientes revelam que não há alteração na qualidade do ato sexual, a única coisa que modifica é que não se expele mais o líquido na ejaculação”, esclareceu, após questionamento de participantes.
O palestrante explicou, ainda, que a ingestão regular de alimentos como a castanha do Pará e peixes, bem como a casca do tomate cozida, ajudam a prevenir a doença. “Existe também no mercado para venda um remédio natural chamado licopeno, mesma substância presente na casca do tomate”, disse.
De acordo com o especialista, graças às campanhas de orientação quanto à prevenção, os casos de morte por câncer de próstata tiveram uma importante redução nos últimos dois anos em Mato Grosso do Sul, tendo sido registrados 223 em 2015, contra 120 este ano.
Para o agente Nivaldo Carrilho de Oliveira, que assistiu às orientações sobre saúde do homem, é muito importante ter essa consciência de prevenção, que muitas vezes acaba sendo deixada de lado por falta de informação e preconceito. “Faço regularmente meus exames, e é importante que todos façam, pois, depois que a doença estiver avançada, muitas vezes não tem mais jeito”, disse.
Na oportunidade, o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, agradeceu a Secretaria de Saúde pela atenção especial com os servidores da agência penitenciária. Segundo ele, ações semelhantes também serão realizadas em presídios da capital e do interior, envolvendo orientações sobre a doença aos agentes penitenciários e detentos.
A palestra realizada na Sede da Agepen foi organizada pelo Núcleo de Atendimento Psicossocial ao Servidores.