Campo Grande (MS) – Dentro da estratégia de tornar mais transparente o funcionamento de cantinas em presídios de Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) está implantando um sistema informatizado completo que possibilitará o controle de toda a movimentação de compra, venda e estoque, bem como fluxo de caixa desses locais, que estão previstos na Lei de Execução Penal (LEP) e destinados à venda de produtos permitidos aos detentos.
De acordo com o diretor de Administração e Finanças da Agepen, Arnold Rosenacker, esse é mais um avanço que está sendo conquistado pela instituição e integra uma série de medidas que vêm sendo tomadas. “Além de facilitar o controle, a nova ferramenta possibilita o acompanhamento das ações pela direção da Agepen, Ministério Público e Poder Judiciário de qualquer lugar, já que será tudo disponibilizado on line e de maneira detalhada”, explica Rosenacker.
A nova plataforma foi desenvolvida dentro do Sistema Integrado de Administração Penitenciária (Siapen), pelos agentes penitenciários Alexandre Albuquerque e Wagner França, e foi elaborada com base em propostas da comissão instituída pela agência penitenciária para o acompanhamento na gestão das cantinas.
De acordo com o agente Albuquerque, o sistema funcionará de forma modular, ou seja, com alimentação e controle sendo feito por cada presídio, de maneira independente. Com o sistema, será possível lançar compras com fornecedores, registrar o inventário de estoque, extrato de caixa entre outros, sendo possível rastrear toda a movimentação do produto. “Poderá prestar conta do todo histórico do produto, desde o dia que foi comprado até ser vendido”, detalha.
O “módulo de automação” está em fase homologação e entrará em produção até o final de outubro em um presídio de Campo Grande, sendo posteriormente expandido às demais unidades prisionais, com o treinamento de servidores. O sistema é resultado de cerca de um ano e meio de trabalho por parte da equipe do Siapen.
A responsabilidade da inserção de dados de cada unidade ficará a cargo do administrador do presídio e deverá ser acompanhado pela comissão, composta por cinco membros, de cada unidade, indicados pela direção do presídio e pelas diretorias da agência penitenciária, conforme estabelece a Portaria nº 10/31/2016, em vigência. O sistema contará, ainda, com leitor de código de barras, para maior controle das vendas.
Publicado por: Keila Terezinha Rodrigues Oliveira