Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração Sistema Penitenciário (Agepen) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão estudando a criação de um programa de ensino superior para os custodiados. A ideia é promover, por meio da educação, a reinserção social dos internos, dando-lhes uma nova perspectiva de vida a partir da aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades pessoais e, consequentemente, obtenção de uma carreira.
Uma reunião sobre o tema foi realizada no final do mês passado, com a participação da chefe da Divisão de Educação da Agepen, Rita de Cássia Fonseca Argolo. O plano definido entre a agência penitenciária e a UFMS pretende desenhar um programa de Educação Superior à distância para os custodiados. A viabilidade e os custos do projeto serão discutidos ao longo dos próximos meses.
De acordo com a UFMS, se a iniciativa se concretizar o projeto de “Ensino Superior no Sistema Prisional” será uma ação pioneira no Mato Grosso do Sul, e uma das poucas a se efetivarem no território nacional. Apenas a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Universidade de São Paulo (USP) possuem alguma experiência nessa área. O caso mais bem-sucedido de um programa de oferta de cursos de graduação nas prisões vem da Argentina. A Universidade de Buenos Aires (UBA), em 2013, por exemplo, atendia cinco prisões federais com cerca de 500 presos inscritos no programa. Entre os cursos oferecidos estão: Direito, Psicologia, Filosofia e Pedagogia.
O reitor da UFMS, Marcelo Turine, garantiu que a universidade será parceira na criação desse programa. “Queremos que a UFMS seja referência em todas as áreas. E é muito importante que a nossa universidade participe de ações que promovam o desenvolvimento das pessoas, bem como, o desenvolvimento social”, defende o reitor.
Fonte: UFMS.