Campo Grande (MS) – Em alusão à campanha do Setembro Amarelo, o Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) realizou diversas atividades para as reeducandas, durante todo o mês, com foco na qualidade de vida, desenvolvimento cognitivo e de cuidados com a saúde mental.
As ações foram desenvolvidas pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da direção do presídio, e contou com o apoio do setor de Saúde do EPFIIZ.
Dentre as atividades está a palestra “Setembro Amarelo”, ministrada pela psicóloga Natielle Braga, da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica (Segov), que abordou a temática do cuidado com a saúde mental e prevenção ao suicídio.
Este mês, foi iniciado na unidade penal o projeto “Inteligência Emocional”, ministrado pela agente penitenciária e coach Karine Godoy. Com quatro encontros contínuos semanais, a iniciativa visa o desenvolvimento de habilidades emocionais, tais como o autoconhecimento, automotivação e visão positiva de futuro das reeducandas. Desta forma, pretende-se melhorar a qualidade de vida e dos relacionamentos interpessoais, propiciando mais chance de interação, sucesso social e profissional ao sair do sistema penitenciário.
Além disso, também foi realizada a Constelação Familiar com as internas (foto principal), buscando o entendimento e reestruturação das dinâmicas de problemas de relacionamento e confusões nos sistemas familiares. A ação foi mediada pelos consteladores Geraldo Antero, Thereza Cristina Ferreira da Silva, Elizangela Souza Alves e Francisco Lemes Antero.
A iniciativa faz parte do projeto idealizado pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio da sua Divisão de Promoção Social, em parceria com a 50ª Promotoria de Justiça, representada pela promotora Renata Ruth Goya Marinho. Iniciado em dezembro do ano passado, o projeto visa possibilitar um cumprimento de pena mais humanizado.
No projeto “Remição pela Leitura”, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi realizada a sexta elaboração de resenha e contou com a participação de 25 internas. Dentre os objetivos de desenvolvimento cognitivo destaca-se o intuito de despertar o hábito da leitura como instrumento de ampliação do universo de conhecimentos, capacidade crítica de leitura e enriquecimento do vocabulário.
Para a diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, ações como essas desenvolvidas junto às internas proporcionam momentos positivos e de bem-estar, contribuindo para a tranquilidade do presídio e reintegração social mais efetiva das mulheres em situação de prisão.